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O excesso de peso das crianças aumentou de forma alarmante nos Estados Unidos, revela hoje um estudo que alerta sobre a possibilidade de uma epidemia de obesidade no país. As crianças, especialmente com menos de seis anos, agora possuem mais possibilidades de sofrer com o excesso de peso, afirma a pesquisa, baseada nos exames médicos de mais de 120 mil pessoas, analisadas nos últimos 22 anos, no estado de Massachusetts.
Segundo os Centros para o Controle e Prevenção de Doenças dos EUA (CDC), a obesidade afeta mais de 60% da população americana. Isso significa que aproximadamente 160 milhões de americanos correm o risco de sofrer problemas cardiovasculares, diabetes e até câncer, provocado pelo excesso de massa corporal.
"Nenhum grupo escapou da epidemia da obesidade, nem mesmo as crianças", afirmou Matthew Gillman, autor do estudo e professor do Departamento de Atendimento Ambulatorial e Prevenção da Escola de Medicina da Universidade de Harvard.
Os cientistas indicaram que no período analisado, a incidência de obesidade infantil aumentou de 6,3% para 10%. A proporção de crianças com risco de excesso de peso subiu de 11,1% a 14,4%. Segundo os pesquisadores, o maior aumento no número de crianças obesas (74%) foi registrado entre os recém-nascidos e de até seis meses.
"Esta informação é importante para a saúde pública porque os estudos anteriores revelaram que o aumento acelerado de peso nos primeiros meses após o nascimento está vinculado à obesidade posterior", disse Gillman. Segundo Juhee Kim, co-autora do estudo, esta pesquisa demonstra de maneira científica que os EUA "estão vendo mais crianças gordas do que há 20 anos".
Por sua parte, Gillman afirma que os resultados do estudo servem para recomendar que os esforços para prevenir a obesidade devem começar nos primeiros períodos do desenvolvimento humano, "inclusive antes do nascimento".
Esses esforços devem incluir a ausência do cigarro e a perda de peso durante a gravidez, a prevenção do diabetes gestacional e a realização do amamentado das crianças, circunstâncias "associadas à redução da obesidade infantil", concluiu o analista.


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